Sejam Bem Vindos!

Espaço voltado para discussão de aspectos teóricos e praticos da estrutura e funcionamento dos recursos de informação baseadas nas novas mídias; e das implicações inerentes à adopção tecnológica em unidades de informação.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Bases de Dados Referenciais

I. Introdução
No presente trabalho vamos falar sobre bases de dados referencias, que são conceituados pelo CUNHA, Rowley, como bases que reúnem e organizam referências bibliográficas, com ou sem resumos, de artigos científicos, livros, monografias, teses, trabalhos de congresso, entre outros documentos. Os dados são estruturados em forma de campos recuperáveis e os resultados de busca podem ser impressos ou gravados. As bases de dados que apresentam o conteúdo do documento na íntegra são chamadas de full-text (texto completo).
Para realização deste trabalho iremos nos socorrer da consulta bibliográfica e da pesquisa via internet.
II. Bases de dados referenciais
As Bases de dados referências fornecem a referência bibliográfica e o resumo/abstract do documento e podem remeter para o texto integral, através de ligações a outros recursos; distinguem-se neste aspecto das bases de dados em texto integral que disponibilizam o texto integral do documento em formato PDF ou html.
As Bases de Dados Referências estão divididas em categorias de informação: autor, titulo, assunto e são disponibilizadas por áreas:
Biomédicas: Medline (1996/2000); Drugdex; Poisindex; Cancerlit (1995/1999); Biological Abstracts (1990/1999); Poisindex; Sport Discus; Dissertation Abstracts.
Humanas: Econlit (1969/2000); Lisa (1969/2000); Sociological Abstracts (1963/1999); Wilson Art Abstracts e Full Text (1984/2000); MLA – Modern Language Association; Dissertation Abstracts.
Veterinária e Agrárias: Cab Abstracts (1990/2000); Asfa; Agricola (1970/1999); Dissertation Abstracts.
III. Breve histórico e desenvolvimento de base de dados
Milhares de produtores de bases de dados e de serviços de informação on-line são representados por algumas dezenas de empresas on-line, que podem ser de dois tipos: as gerais e especializadas.
As gerais têm uma abordagem diversificada em relação às bases que oferecem, cobrindo diferentes tipos (numéricas, referenciais, texto completo etc.) e uma variedade de assuntos (negócios, notícias, ciências sociais e as mais diversas áreas de ciências e tecnologia, como agricultura, agronomia, química, engenharia, educação, energia, administração, patentes etc.).
As especializadas focalizam-se em um assunto específico, por exemplo, bases de dados da área agrícola, algumas das quais listamos a seguir.
1951 – Bases de dados numéricas (U.S. Bureau of Census);
1960 – Buscas bibliográficas online;
1964 – Bases MEDLARS da National Library of Medicine;
1964 – Registos bibliográficos MARC;
1970 – Bases de dados como negócio (lucro); bases de dados de texto completo;
1971 – MEDLINE (MEDLARS online);
1977 – Primeiras publicações científicas da área;
1978 – Primeiro congresso internacional de informação online;
1980 – Computador pessoal: bases feitas para o usuário final; popularização do uso de base em CD-ROM;
1990 – Popularização de bases acessíveis pela Internet.
IV. Exemplos de distribuidores e produtores de bases de dados
DIALOG (EUA), com mais de 900 bases de dados (URL: http://www.dialog.com);
Proquest (Britânico) URL: http://www.proquest.co.uk;
CSA – Cambridge Scientific Abstracts (Britânico) URL:http://www.csa.com/e_products/databases-collections.php;
Elsevier (Holanda) URL:HTTP://WWW.elsevier.com
V. Mecanismos de recuperação da informação nas bases de dados referenciais
Base de dados Referenciais sobre Trabalhos de Conclusão do Curso (TCC) de Biblioteconomia e Ciência da Informação da Universidade Federal de são Carlos – é um exemplo de base de dado referencial que possibilita ao utente recuperar dados referenciais através: autor; orientador; banca de avaliação; titulo; palavras-chave; Resumo.
Base de Dados Bibliográfica Nacional (BRAPCI) – base de dados referenciais de artigos de periódicos em Ciência da Informação. Esta base de dados é produzida por um grupo de pesquisadores na área de educação, pesquisa e perfil profissional em informação, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico, composto por 20 membros de alunos e pesquisadores da Universidade Federal do Paraná.
Os documentos que podem ser encontrados nesta base de dados são os Artigos de periódicos, desde a sua criação já foram publicados 6445 textos em 30 periódicos brasileiros impressos e electrónicos. O artigo mais antigo data de 1970. Nesta base de dados os indivíduos recuperam a informação através de palavras-chave; Titulo; Resumo; Autor; Todos.
VI. Modo de acessar uma base de dados referencial
1º Passo: O usuário deve accionar o browser de Internet;
2º Passo: Localizar na home-page da UFSC (www.bu.ufsc.br) o “link ” biblioteca virtual e na coluna “acesso restrito” clique em bases de dados referenciais, a seguir clique na área de interesse: Biomédicas, Exactas, Veterinária e Agrárias; Digite o nome (usuário) e senha que foram previamente determinados;
3º Passo: Clique o botão conectar.
VII. Forma de pesquisar numa base de dados referencial
O usuário deve seleccionar um dos seguintes campos: Titulo, Autor, Assunto. Depois o usuário faz um clique no botão “Start Serch” e por fim para visualizar os registos recuperados pela sua pesquisa faz um clique no “Display”.
VIII. Classificação das bases de dados referenciais
As Bases de dados Referencias podem ser:
Bibliográficas - Incluem citações bibliográficas acompanhadas ou não dos resumos dos trabalhos publicados. Ex.: LICI/IBICT; MEDLINE; ERIC.
Catalográficas - Representam o acervo de uma biblioteca ou de uma rede de bibliotecas, sem indicação do conteúdo dos documentos. Ex.: UNIBIBLI; OPACS (Online Public Access Catalogs).
Diretórios - informações ou dados sobre pessoas, instituições e outros dados característicos de guias e cadastros. Ex.: “American Library Directory".
IV. Exemplos de algumas bases de dados referenciais
AGRICOLA Data Base – USDA Base de Dados que corresponde ao catálogo de registos dos materiais da colecção da Biblioteca Nacional de Agricultura dos Estados Unidos - National Agricultural Library. Dá acesso a mais de 4 milhões de registros bibliográficos – sendo considerada a maior compilação mundial de informações em agricultura. Atualizada diariamente.
AGECON - Biblioteca eletrônica contendo textos completos sobre economia agrícola. Desenvolvida e mantida pela University of Minnesota, com a colaboração da American Aricultural Economics Association, the Economic research Service of the United States Department of Agriculture, and the Farm Foundation.
AGRIS - Base de dados produzida pela FAO, disponibiliza informações produzidas por 240 centros de pesquisas.
AGROBASE - É uma base de dados que contém descrição bibliográfica da literatura agrícola nacional, produzida em nível científico e extensão rural, com 221.178 referências correntes e retrospectivas, fazendo a cobertura de 1870 até o momento. Desenvolvida e gerenciada pela CENAGRI - Coordenação Geral de Informação Documental Agrícola, órgão da Secretaria de Apoio Rural e Cooperativismo - SARC do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com a colaboração de outras instituições.
BDPA - Base de Dados da Pesquisa Agropecuária, mantido pela EMBRAPA possui actualmente mais de 282.000 documentos técnico-científicos
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior
CATBIO - Banco de dados permite acesso gratuito a informação de instituições, pesquisadores, biotecnologías, cultivos, projectos, publicações, teses de 19 países de América Latina e Caribe, pertinentes a biotecnologia agrícola
ERIC - The Educator's Reference Desk – Apresenta dados sobre educação entre elas educação Rural. Mantido pela Universidade de Stanford U.S.A.
GFIS - Global Forest Information Service é mantido pela IUFRO, acesso coordenado e global à informação florestal. No Brasil, a Embrapa Florestas participa desse projecto através da inserção de metadados utilizando o padrão de catalogação Dublin Core.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponibiliza informações sobre censo agropecuário.
PERI - Literatura Periódica em Ciências Agrárias. Divisão de Biblioteca e Documentação da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo (DIBD/ESALQ/USP)
SCIELO - Scientific Electronic Library Online: Disponibiliza revistas científicas eletronicamente em todas as áreas do conhecimento, oferecendo acesso online aos textos completos de artigos científicos, à pesquisa em sua base de dados e a indicadores de uso e de impacto da literatura científica publicada no site.

X. Referências bibliografia
CUNHA, Rowley. Base de dados referências, 2007
Manual do usuário de bases de dados referenciais (Universidade Federal de Santa Catarina, Biblioteca Central) www.bu.ufsc.br/WebSPIRSReferenciais.pdf
http://www.followscience.com/event/humanities-and-social/library/base-de-dados-referencial-de-artigos-de-periodicos-em-ciencia-da-informacao-9636
http://pesquisamundi.blogspot.com/2011/08/brapci-base-de-dados-referenciais-de.htm
Grupo 12 composto por:
José Pachane;
Hilfe Feraz
Emidio

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Base de dados de texto completo

INTRODUÇÃO

A base de dados textuais é um processo gradativo, aonde os conhecimentos vão se acrescentando e progredindo, baseados numa metodologia. Portanto, ela não é um facto isolado, em sua história estão conceitos desenvolvidos anteriormente e superados com o avanço das pesquisas. Sendo assim, os cientistas modernos chegaram ao ponto que estão em decorrência das pesquisas feitas anteriormente. Ao se referir à ciência, propõe-se a valorização do conhecimento científico como recurso impulsionador de inovações e do desenvolvimento social, salientando-se que esse conhecimento não é neutro, pois sofre influência da sociedade de modo geral e da comunidade científica de onde se originou.

Dentro desse processo evolutivo da ciência, tem-se o destaque da comunicação científica, tanto entre os pares, quanto para o público leigo. Também se salienta a comunicação formal e informal entre os cientistas e como elas se constituem, tendo na comunicação um aspecto importante para o desenvolvimento do conhecimento científico (LEITE, 2001).

O enfoque deste trabalho de pesquisa é o acesso público as bases de dados textuais disponíveis na internet, esclarecendo conceitos, funcionalidade, serviços, e acesso.


Base de dados textual Integral

Base de dados:é o Conjunto de dados interrelacionados, organizados de forma a permitir a recuperação da informação. Armazenadas por meios ópticos ou magnéticos como discos e acessadas local ou remotamente.

Banco de dados: é o conjunto de Bases de Dados.

Objectivo de uma base de dados:

Fornecer informação actualizada (recursos estruturais), precisa e confiável (não dar a informação pela metade) e de acordo com a demanda (oferecer o que o usuário necessita).

Suportes:

Impresso: sub-produtos das bases de dados. Ex.: Index Medicus

CD-ROM: disco óptico, acesso local e remoto. Ex.: MEDLINE/CD-ROM

On-Line :

a ) acesso directo

b) acesso via provedor/servidor/hospedeiro/
c)acesso via ferramentas de busca ("search engines").

Classificação das bases de dados (CUNHA, ROWLEY)

1) Bases de dados referênciais - remetem às fontes primárias.

2) Bases de dados de fontes - contém os dados originais e textos completos; constituem um tipo de documento eletrônico. É nesta base de dados que encontramos as bases de Dados de Texto Completo.

Bases de Dados de Texto Completo

As Bases de Dados de Texto Completo são aquelas que contém notícias de jornal, especificações técnicas, artigos de periódicos, dicionários. Ex.: RCI/IBICT (artigos da revista Ciência da Informação)etc. Algumas bases de dados textuais incluem dados numéricos, como os relatórios anuais de empresas, enciclopédias, etc, e o acesso é feito directo no próprio endereço ou através de programas específicos (gratuíto ou por assinatura). Exemplos: revista eletrônica com artigos de advogados, promotores e juízes. Cobre notícias OAB.

· Texto dos artigos da revista publicada pelo IBICT, Brasília.

· coleção eletrônica de revistas científicas com textos completos dos artigos, disponíveis online.

· Banco de dados com textos e reproduções de bandeiras de países e estados. Possui dicionário de termos relacionados ao tema.

2. Sistema de Recuperacao de Informacao

Um sistema de Recuperação de informação (SRI) é um sistema desenvolvido para encontrar objectos (normalmente documentos) de uma natureza não estruturada (geralmente texto) que satisfazem uma informação precisa dentro de grandes colecções (geralmente armazenados em computadores).

Um sistema de recuperação tradicional possui geralmente duas bases de dados distintas: uma armazena o conjunto de documentos, dos quais se deseja obter informações, e a outra contém as entradas que representam os documentos do sistema (indexação). O processo de indexação envolve a criação de estruturas de dados associados à parte textual dos documentos, por exemplo, as estruturas de arranjos de sufixos e arquivos invertidos. Estas estruturas podem conter dados sobre características dos termos na colecção de documentos, tais como a frequência de cada termo num documento. As fases normalmente encontradas no processo de indexação são a identificação de termos (simples ou compostos), a remoção de stopwords (palavras irrelevantes), a normalização morfológica (stemming) e a selecção de termos.

Com base na informação do processo de indexação, e dos termos fornecidos na consulta é efectuada a análise de relevância através da função de similaridade, mas esta comparação entre termos consultados e documentos em geral traz documentos irrelevantes. Para melhorar estes resultados foram propostos modelos conceptuais de recuperação, posteriormente adaptados às ferramentas de pesquisa: o modelo booleano, o vectorial, o probabilístico, entre outros.

Ainda assim, o desempenho dos sistemas de recuperação de informação depende primordialmente da organização e estrutura da base de dados de referência. Se ela reflectir melhor o contexto do o que universo pesquisado, ela resulta numa melhor precisão e revogação do sistema.

Passos da recuperação: definir os termos; relacionar os termos; mostrar estratégias

Recursos de recuperação: básicos (help, janelas, comandos); seleção de termos de busca (índice de palavras); entrada de termos de busca (vocabulário controlado); combinação de termos; escolha de campos; truncamentos; expressões de proximidade; limitações de amplitude; gerenciamento de buscas; opções avançadas de exibição (texto completo); busca de múltiplos arquivos; exibição de tesaouro; hipertextos (links com outros registros).

Técnicas de busca por frases em bancos de dados textuais

Um banco de dados textual é uma coleção de documentos, que pode também ser visto como um largo conjunto de registos, em que cada registo contém apenas uma lista de palavras de tamanho arbitrário. Os dois métodos principais de busca por frases em bancos de dados textuais de larga escala, utilizando indexação de textos, são os arquivos invertidos com contadores de posição e índices para a próxima palavra. Um arquivo invertido possui duas partes principais: uma estrutura de busca, chamada de vocabulário, contendo todos os termos distintos existentes no texto indexados e, para cada termo, uma lista invertida que armazena os identificadores dos registros contendo o termo. Consultas são feitas tomando-se a lista invertida correspondente ao termo procurado. As consultas booleanas são feitas obtendo-se a conjunção ou disjunção entre as listas relativas ao termos presentes na consulta. Arquivos invertidos podem ser utilizados para busca de frases, através da adição de mais informações a lista invertida. Basicamente, adiciona-se os deslocamentos no texto em que ocorrem as palavras.



Para a recuperação da frase ``the man who is'', inicialmente devemos determinar os pares a serem pesquisados. Uma vez que o número de palavras na frase é par, podemos agrupar em pesquisas ao índice de próxima palavra. Dessa forma, realizamos a recuperação do par ``the man'', juntamente com a recuperação do par ``who is''. Analisando a figura 5, notamos que o par ``the man'' ocorre no documento 5, na posição 235. Fazendo o mesmo para o par ``who is'', podemos constatar sua ocorrência no mesmo documento 2 posições subseqüentes. Isso significa que os pares se sucedem no texto. Pares distintos são sucessivos se ocorrem com diferença de 2 posições. Pares compostos são sucessivos se possuem diferença de 1 posição. Se a consulta desejada fosse a frase ``the man who'', estaríamos impossibilitados de dividir a frase em pares distintos. Nesse caso, teríamos que procurar o par ``the man'' e o par ``man who''. Esses pares, para serem considerado sucessivos, devem ocorrer com uma diferença de 1 posição nos índices. Existem diversas técnicas para otimizar a pesquisa por frases. Na seção 3.2 discutimos essas alternativas.

A técnica de índice para a próxima palavra pode auxiliar não apenas na pesquisa por frases. Dentre suas outras utilidades destacamos:

  • Navegação em frases. Dado uma palavra w, o índice pode ser utilizado para identificar todas as palavras seguintes. Esta funcionalidade não pode ser alcançada pelos arquivos invertidos.
  • O índice pode ser utilizado para a complementação de frases e complementação de palavras dentro de uma frase.

BD Probabilísticas

Apesar da área da recuperação de informação ter tido grandes progressos, onde a indexação e classificação são os instrumentos mais comuns para responder às necessidades de um utilizador, existem ainda alguns problemas quando pretendemos recuperar OD na forma não textual.

Uma das grandes desvantagens dos sistemas tradicionais de RI, deve-se ao facto deste tipo de sistemas ser balanceado sobretudo para a recuperação de objectos digitais de informação na forma textual, não existindo actualmente um sistema capaz de captar, por exemplo, o contexto de uma imagem ou de descrever o assunto narrado num vídeo de forma automática.

A recuperação de objectos na forma não textual, é normalmente efectuada com recurso a metadados descritivos. Esta técnica guarda em si o problema do preenchimento dos metadados que em muitos casos não é possível de ser feito de forma automática necessitando de intervenção humana. Neste cenário, a imprecisão da informação fornecida, é um problema que não tem solução prevista numa base de dados relacional (composta por esquemas de relações, colecção dos operadores e restrições da integridade).

Referências bibliográfica

Gilland-Swetland (2000), A. J. Introduction to Metadata: Setting the Stage. Kent State University's School of Library and Information Science.

Marco, D. (2000). Repository, Building and Managing the Meta Data. Wiley

Christopher D. Manning (2007). An Introduction to Information Retrieval. Cambridge University Press.

Frakes, W. B. & Baeza-Yates, R. (1992) Information Retrieval Data Structures & Algorithms. Prentice Hall.

Nierman, A. and Jagadish, H. V. (2002). ProTDB: probabilistic data in XML. Proceedings of the 28th international Conference on Very Large Data Bases

domingo, 11 de setembro de 2011

LINUX

INTRODUCĀO

O presente trabalho com o tema LINUX, pretende entre várias abordagens trazer um pouco sobre o percurso histórico deste tema, procurar explicar o que se pode entender sobre o tema, quem foi o seu inventor e quais são ou foram os objectivos da sua criação, as vantagens e desvantagens no uso deste aplicativo. De referir que para sua materialização, recorremos aos materiais disponibilizados na internet, e também fizemos o uso de material bibliográfico disponível na biblioteca central Brazão Mazula. De referir que por se tratar de um tema bastante longo em termos de bibliografias, não podemos trazer toda informação relativa ao tema, limitando-nos a trazer o que achamos ser relevante para o nosso trabalho. Com este trabalho pretendemos dar um contributo no conhecimento deste sistema operativo, e convidando aos interessados que queiram aprofundar o tema a consultar as bibliografias que estão no fim deste trabalho e não só.

EVOLUÇÃO DO LINUX

Antes do advento do Linux, havia um outro sistema operativo designado Unix. Conforme o Grupo Anaya (2000), o surgimento do Linux no mundo da informática foi graças à cultura de evolução de Unix, que desenvolveu-se nos meados da década 70 quando os microcomputadores e os grandes sistemas dominavam o mundo corporativo.

Segundo Pereira (2005), a primeira versão do Unix foi criada nos laboratórios Bell, da companhia telefónica norte americana AT & T. segundo este autor, tudo começou com um grupo de programadores que estavam insatisfeitos com os sistemas operativos e com as linguagens de programação que existiam na época. Portanto, criaram uma nova linguagem de que chamou-se C e um sistema operativo recebeu o nome Unix.

Ainda conforme Pereira, as primeiras versões do Unix foram utilizadas exclusivamente pela AT & T, mas rapidamente começaram a surgir outras entidades como universidades e Centros de pesquisa, interessados no sistema. O Unix era licenciado sob código fonte, portanto, os utilizadores recebiam o código fonte de todos programas e utilitários do sistema operativo, juntamente com o próprio sistema. Isto permitia com que os utilizadores tivessem a possibilidade de modificar e adaptar o sistema de acordo com as suas necessidades.

Conforme o autor acima citado, dentro do campo científico e universitário existiu sempre troca ou partilha de informação. Ainda conforme este autor:

“…Este facto é amplamente reconhecido como um dos factores mais importantes para o avanço da ciência…” (PEREIRA, 2005, p.2)

Ainda conforme Pereira, quando os investigadores entraram em contacto com o Unix, começaram de imediatamente a mesma filosofia, trocando entre si correcções e extensões que iam desenvolvendo. Algumas dessas extensões foram importantes e foram incluídas no próprio sistema operativo. O autor destaca contributo dado pela Universidade de Califórnia, que deu origem a variante do Unix chamado BSD, assim como faz referência ao MIT (Instituto Tecnológico do Massachusetts), que teve grande contributo na criação do sistema de janelas X.

Um tempo depois o Unix se expandiu bastante, começou a penetrar em muitos sectores, até se tornar um verdadeiro sistema operativo comercial e a AT & T começou a restringir cada vez mais a licença do uso do sistema operativo. As licenças do código fonte começaram a ser cada vez mais difíceis de obter, casos houve em que chegaram a ser impossíveis de obter.

Segundo ANAYA (2000):

“…as primeiras versões comerciais do Unix eram bastante caras, custando as vezes mais do que o PC onde se devia executar.” (GRUPO ANAYA, 2000, p. 44)

Segundo Pereira (2005), esta situação constituiu um desapontamento para os utilizadores originais, que mais contribuíram para a expansão e desenvolvimento do Unix. Quanto mais o sistema se tornava comercial mais fechado ficava, aumentando assim a frustração dos utilizadores. Ainda segundo este autor:

“Por este motivo nasceu a FSF (Free Software Foundation) que se propunha desenvolver e proteger o software livre. Um dos maiores objectivos era contribuir em ambiente de trabalho constituído integramente por software livre. Para proteger o software livre nasce a GPL (General Public Licence) que garante a qualquer pessoa o direito de copiar, redistribuir e até modificar e melhorar todo software por ela protegido” (PEREIRA, 2005, p. 3)

E conforme ANAYA:

“Esta falta de acessibilidade facilitou o nascimento de Linus como veículo para fazer disponíveis os sistemas operativos baseados no Unix.” (GRUPO ANAYA, 2000, p. 44)

Na década 90, surge um jovem finlandês chamado Linus Torvalds, que estava insatisfeito com os sistemas operativos que existiam na altura. Conforme Pereira (2005) era possível encontrar uma versão completa de Unix para PC custando 1000 euros. Por esse motivo Linus começou a escrever o seu próprio núcleo (kernel) de sistema operativo, 6 meses depoís já tinha a primeira versão a funcionar e chamou-lhe Linux. A versão era incompleta e limitada, mas apeasr disso o autor fixou o seu código fonte na internet e teve muita adesão. Ainda conforme este autor, os primeiros utilizadores eram programadores, que trouxeram muitas contribuições para o sistema, pois implantaram novos drivers, resolveram erros e problemas, adicionaram funcionalidades e acima de tudo fizeram muitas sugestões.

Linus seguiu as dicas dos outros programadores, conjugou-as com as suas próprias alterações, fazendo com que o Linux desenvolvesse duma forma muito rápida e com o passar dos anos evoluiu até estar ao nível dos sistemas operativos comerciais e possuir um conjunto de de funcionalidades muito sofisticadas.

LINUX COMO UM SISTEMA OPERATIVO

Conforme DAMASH (2000), o termino “Linux” é bastante vago e utiliza-se de duas maneiras: especificamente para se referir ao núcleo (que é a base de todas versões do Linux) e de forma mais geral para designar uma colecção de aplicações que se executam sobre o núcleo. A função do núcleo é garantir a execução das aplicações, incluíndo a interface básica com hardware e os gestores de tarefas.

Segundo esta autora, num sentido restrito, só pode falar versão do Linux em um momento determinado: a última versão actualizada do núcleo. O núcleo é do domínio do Linus Torvalds. E num sentido genérico, Linux refere-se as colecções que se executam sobre o núcleo.

PEREIRA (2005), o sistema operativo Linux: é um sistema multitarefa e multiutilizador, isto porque pode ser utilizado por muitas pessoas ao mesmo tempo. Por ser um sistema multiutilizador o sistema possui mecanismos para impedir que os utilizadores possam interferir no trabalho dos outros.

Durante o login, o utilizador tem de indicar o seu nome (User name) e uma senha (password). O user name, que muitas vezes è designado por login-name, è apenas o nome pelo qual sistema conhece cada um dos utilizadores. A palavra-chave è uma palavra secreta que serve para evitar que as pessoas estranhas entrem no sistema, fazendo-se passar por utilizadores credenciados.

Na sua secção de trabalho os utilizadores, podem realizar varias tarefas, uma de cada vez ou lançar varias em simultâneo por essa razão que o Linux è também classificado como sistema operativo Multitarefa. As tarefas em Linux tem o nome técnico de “processos” geralmente os processos são iniciados pelos utilizadores, mas também existem que são lançados automaticamente pelo sistema, chamados daemons, estes são responsáveis pelos diversos serviços operativo.

APLICAÇÕES DO LINUX

Segundo DAMASH (2000), como sistema operativo o Linux pode ser usado para realizar qualquer tipo de aplicação. Das aplicações disponíveis podemos encontrar:

  • Aplicações de texto: como o caso de WordPerfect, StartOffice, o Appleware. O Linux oferece ferramentas potentes para editar e processar textos de forma automatizada.
  • Linguagens de programação: há uma grande variedade de linguagens de programação e do tipo Script, com as suas ferramentas correspondentes que funcionam em ambiente Linux e Unix.
  • Janelas X: as janelas X e a opção Unix no campo da interface gráfica (GUI). É num ambiente GUI muito flexível e fácil de configurar que funciona o Lunix e a maioria dos sistemas compatíveis com UNIX. Há muitas aplicações para janelas X que fazem de Lunix um ambiente fácil de usar.
  • Ferramentas de internet: além de dispor um software extenso como Netscape Comunicator o mosaic se pode encontrar uma grande variedade de software para internet compatível para Linux. Possui aplicações de correio gráfico.
  • Bases de dados: como todas as plataformas Unix, Linux é uma plataforma excelente para executar as operações de bases de dados. Pode-se encontrar bases de dados para Lunix como MSQL e POSTGRE. Hoje em dia tanto ORACLE como SYBABE e o Informix, oferecem bases de dados relacionais para Linux.
  • Software de compatibilidade DOS e WINDOWS: existem softwares que exercem programas no DOS com bastante estabilidade e também no Windows. Pode se encontrar em emuladores para outros sistemas como MACINTOSH e ATARI ST.

Vantagens e desvantagens da utilização do Linux

Segundo SOUSA, realizando-se uma pesquisa com diversas pessoas acerca do sistema operativo do Linux, várias foram as vantagens e desvantagens apontadas, mas as mais importantes são:

Vantagens

Baixo custo: alem de ser gratuitas as versões do Linux podem ser baixadas, compiladas, usadas e compartilhadas. Exemplos: Ubuntu, Debian, Fedora. Existem algumas distribuições que são pagas, mas se comparar com o Windows são bem mais baratas.

Segurança: em qualquer instalação ou alteração no Linux, solicita-se uma autorização do usuário root, que é um tipo de usuário proprietário dos arquivos e processos ligados ao do sistema. Dessa forma, dificilmente um vírus ou programa malicioso será instalado.

Variedade: segundo MORIMOTO (apud SOUSA, 2011) existem mais de 500 distribuições Linux, contando apenas as distribuições activas. Afirma também que 98% delas são personalizações de outras distribuições já existentes. Como o Linux é livre, qualquer um pode modificar o código-fonte de uma distribuição existente e criar a sua própria distribuição, por isso existem tantas opções. As 6 distribuições mais utilizadas no Brasil são Fedora, OpenSuse, Mandriva, Kurumin, Debian e Ubuntu (MARCUS, 2009).

.

Suporte: fóruns, listas de discussão e sites são alguns recursos on-line disponíveis para resolver problemas relacionados ao Linux. É possível encontrar respostas desde problemas básicos a mais complexos. Em português, por exemplo, existe o site www.br-linux.org, com notícias, tutoriais e fóruns sobre o sistema.

Desvantagens:

Incompatibilidade com drivers e softwares: muitos equipamentos não funcionam correctamente no Linux por não encontrar o driver, como o caso de modems, impressoras, webcams e outros não funcionam no Linux porque as empresas desenvolvedoras mantêm segredo sobre as especificações do produto.

Interface: a interface do Linux é menos intuitiva que o, isso dando assim menos conforto ao usuário final. As pessoas estão tão acostumadas com a interface do Windows que quando abrem o Linux e os itens não estou no mesmo lugar, logo querem voltar.

Menos usual: outro item que pesa contra o sistema Linux é o fato de ser bem menos utilizado

que o Windows. Segundo estatísticas da empresa Net Applications, outubro de 2009, o Windows lidera o mercado de sistema operacional com mais de 90% de utilização no mundo inteiro, enquanto o Linux não ultrapassa 1%, como mostrado no gráfico.

VERSÕES DO LINUX

Conforme ANGELO (2007), as principais versões do Linux são:

Debian, Fedora Core 6, Kurumin 7, Mandriva Discovery, OpenSUSE 10.2, Ubuntu 6.10

1. Debian


Embora os desenvolvedores do Debian não façam questão de deixar o software com a cara que gostariam, estes garantem que os usuários podem faze-lo tranquilamente. Programas para as actividades quotidianas podem ser baixados rapidamente pelo Debian Etch, a partir do repositório de aplicativos do desenvolvedor. O sistema tem uma interface simples e personalizável.
Possui os seguintes Aplicativos: OpenOffice.org Writer (Word), OpenOffice.org Cal (Excel), OpenOffice.org Impresso (PowerPoint), Konqueror e Firefox (Internet Explorer), MPlayer (Windows Media Player)

2. Fedora Core 6


Este sistema é mais conhecido como Zod. É fácil de ser instalado e conta com Desktop 3D. Nesta versão, o software traz gerenciadores de pacotes aperfeiçoados, aplicações desktop, avanços na segurança, facilidades de instalação do software e da gerência e ferramentas de localização.
Possui os seguintes Aplicativos: OpenOffice.org Writer (Word), OpenOffice.org Cal (Excel), OpenOffice.org Impress (PowerPoint), Gimp (Photoshop), K3b (NEro), Totem e Rythmbox (Windows Media Player), Firefox (Internet Explorer), Thunderbird (Outlook)

3. Kurumin 7


Trata-se de um sistema desenvolvido por brasileiros e é tido como uma das distros mais adequadas para usuários iniciantes. Possui grande comunidade de usuários no Brasil e boas páginas de suporte na Internet, além de fórum para troca de dúvidas e informações em português. Possui os seguintes aplicativos: KOffice Suite (pacote Office), Konqueror (Internet Explorer), Clica-Aki (Painel de controle)

4. Mandriva Discovery


Este sistema fácil é de instalação. Permite dual boot e possui interface simples e amigável. Traz softwares para uso diário, como mensagens instantâneas, navegador de Internet, e-mail e pacote de aplicativos, entre outros.

Tem como aplicativos: OpenOffice.org Writer (Word), OpenOffice.org Cal (Excel), OpenOffice.org Impress (PowerPoint), Kontact, Evolution, Mozilla Thunderbird (Outlook), Mozilla Firefox, Konqueror (Internet Explorer), Kopete, Gaim (MSN Messenger), Kaffeine e Amarok (Windows Media Player), Gimp (Adobe Photoshop)

5. OpenSUSE 10.2


Esta distribuição é talvez uma das mais simples de usar. Após instalada, o usuário verá um desktop muito bem organizado e é possível organizar o Kickoff (equivalente ao Menu Iniciar, no Windows) da forma como melhor lhe convier. O Fedora Core traz um menu diferente, mas muito prático, que permite ao usuário fazer buscas por aplicativos em seu micro. O YaST (Yet another Setup Tool) também não pode passar em branco. O aplicativo reúne todas as tarefas de administração do sistema. O repositório de aplicativos do Fedora também traz as soluções de sobra.

Este sistema operacional vem sem nenhum aplicativo extra, mas todos eles podem ser podem ser baixados facilmente no repositório do SUSE Linux.

6. Ubuntu 6.10


Possui uma interface muito parecida com a do Windows e considerada a mais amigável e intuitiva. Traz sistema de ajuda, com dicas e um banco de dados com as dúvidas mais comuns exactamente como acontece nas soluções da Microsoft. O sistema traz o pacote de aplicativo OpenOffice.

Possui como aplicativos: o Writer (Word), o Calc (Excel), Gimp (Photoshop), Firefox (Internet Explorer) entre outros.



CONCLUSĀO

Realmente este tema era uma novidade para nos, pois antes da elaboração deste trabalho, o grupo apenas tinha conhecimento da existência do sistema operativo Windows, portanto, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco sobre o Linux. Acreditamos que este sistema é um grande adversário do Windows, assim como de tantos outros sistemas operacionais, tanto é que possui milhares de usuários em todo o mundo. E esse facto foi e continua sendo impulsionado pela facilidade que se tem de obter o sistema, pelo espírito de troca e de partilha de informações. Em termos de aplicabilidade verificamos que este não se difere muito daqueles verificados em sistemas como Windows. E no que diz respeito às sua vantagens e desvantagens, acreditamos que podem ser verificadas em qualquer, sistema operacional e ou tecnologia de informação. O que conta são as necessidades que o possível usuário pode ter.

Bibliografia

DAMASH, Arman. Red Hat Linux 6. Grupo Anaya S.A. 2000. p. 45-114

PEREIRA, Fernando. Linux. 5 ed. Lisboa: Editora de informática Lda. p 1-4

SOUSA, Thiago Gomes de. Vantagens e desvantagens na migração do Windows para Linux. Disponível «http://www.ti.fajesu.org/wp-content/uploads/2010/10/2_2009-Thiago-Gomes-Migra%C3%A7%C3%A3o-do-Windows-para-Linux-Orientador-Marco-Antonio.pdf»

http://pt.shvoong.com/internet-and-technologies/software/1645517-vers%C3%B5es-linux/